Construo castelos de
Palavras.
O mar da realidade,
Vez e outra,
Os destrói.
Prossigo falando,
Lendo, escrevendo,
Pra entender a mim
E o mundo.
Melhor seria desenhar,
Esculpir, musicar,
Mas a mim me foi dado o dom
De versejar .
Prossigo na labuta que me
Impus:
Falar, recitar, Interpretar.
A palavra é o pensamento manifesto:
É vida, poesia, alegria.
Começa a viver naquele dia,
Quando dita na poesia,
Como Emily Dickinson apontou com
Precisão.
A palavra é síntese de vida,
Emoção, comunicação.
Se a minha te alcança,
Sou grato
Pelo encontro,
A comunhão.
Não me lembra mais quantas noites e dias ganhei a versejar, a ler, a
estudar e me procurar.
Na palavra, no verso, na escritura,
Me encontrei.
Ali desenhei o futuro,
Que agora leio como história.
Nesta mística relação,
Sem muro, futuro ou ilusão ,
Te espero onde sempre estive:
À beira de tudo,
Em tua imaginação.