A Alegria Traz A Vida

A Alegria Traz A Vida

 

Para a Logosofia, uma das formas de se ampliar a própria vida é unir a
alegria que se sente à sentida por nossos semelhantes; unir os esforços
para que as vidas interligadas se transformem numa muito grande,
gigantesca.

E como tornar a própria vida mais alegre? Como fazer para que a alegria
não seja passageira?

Se o desgosto e a tristeza trazem a depressão, a alegria traz a vida, ou
melhor, é vida, como afirmou certa vez González Pecotche, o criador da
Logosofia. Não a alegria efêmera, mas” a que surge da consciência, que
enche de vida e que não se manifesta só no rosto, como a que proporciona
fugazes momentos de prazer; refiro-me à alegria que, qual uma tocha,
surge da consciência ao experimentar que se existe “, complementou o
pensador. Essa alegria é a manifestação da própria vida e deveria nos
acompanhar sempre. É uma nova vida que todos podemos viver.

Um dos grandes objetivos do conhecimento logosófico é orientar o ser
humano a pensar por própria conta, com liberdade, dignificando a própria
espécie e afastando-se da brutalidade, da animalidade. Essa libertação
traz uma grande alegria, pois os barrotes da ignorância e o presídio dos
preconceitos transformam o ser humano num ente irascível, inimigo de si
mesmo e dos semelhantes. A alegria íntima de quem pensa é inefável por
que pensar é criar, e o maior artista, o mais alegre, é o que consegue
criar-se a si mesmo, transformando-se numa pessoa melhor.

Certa vez González Pecotche escreveu que “a Logosofia é uma nova forma
de sentir e conceber a vida”. Essa nova forma implica a ampliação da
capacidade de sentir, pensar e ser consciente. E ampliar a consciência
significa integrar novos conhecimentos, hierarquizar sentimentos e
pensamentos; ser mais feliz.

A alegria é um estado pessoal expansivo. No momento que se a
experimenta, a vida se amplia.

Para ser feliz é necessário querê-lo no fundo do coração, e buscar essa
felicidade nos mínimos aconteceres diários, e registrá-los, qual num
álbum de fotografias, para que não caiam no esquecimento e possam
substanciar os dias futuros.

No fundo, todos os seres humanos buscam a felicidade e, ao não
encontrá-la, caem na depressão. Isto porque se concentra a busca num
só ponto e, ao não realizá-la, tudo desaba. Será necessário buscar a
felicidade em vários aspectos da vida e conformar-se com pequenas
vitórias, singelos sucessos, diminutas realizações que, acumuladas,
podem ser as contas de um formoso colar chamado felicidade, que é oposta
do desânimo, do abatimento e da depressão.