Noutro dia, eu não estava me sentindo muito bem, e minha netinha Alice, com seis anos, aproximou-se, beijou a minha mão, deu-me um grande abraço, e disse: “vovô, você precisa meditar para sarar. ” Achei muito carinhosa a atitude, e curioso o conselho. O que teria ela querido dizer sobre a meditação?
Recordei-me dos estudos e experiências relacionados com tal prática, a meditação. Para o senso comum seria para focar a mente num pensamento, ou atividade particular, ligada às tradições orientais, ioga, budismo, e mesmo ao cristianismo, um instrumento que levaria à libertação.
Nos estudos que fiz ao longo da vida, e nos incipientes exercícios meditatórios, experimentei a grandiosidade da prática, e a necessidade de ampliar o conceito e perseverar no exercício, algo a ver com o pensar a longo prazo, em função de um grande objetivo, o que aprendi com o professor González Pecotche: evoluir em direção à perfeição, ser mais consciente, e tornar-se um verdadeiro servidor da humanidade.
Como ser mais consciente? A pergunta, na quietude da alma, deveria ser respondida pela própria consciência individual, o espírito vivente, a parte de Deus que cada um traz no seu coração.
A netinha Alice estava com a razão: meditar, melhorar, ser mais consciente, e feliz.
Nagib Anderáos Neto
16 de julho de 2019