Estávamos lá,
Éramos Celtas.
Do alto Aldeia víamos o
Mar
E a névoa do continente
Ocidental.
No inverno, o frio nos expulsava
Para o mar salgado,
Que de tudo
Nos separava.
Éramos celtas,
Deuses de nós mesmos,
E da Natureza.
Nas montanhas, nas alturas,
Em meio às pedras,
Éramos nós,
Vindos do Norte sombrio
Pra nova Terra,
Futuro do mundo,
Perto do
Oceano.
Éramos celtas,
Claros olhos,
Vermelhos cabelos,
Fugindo do frio
Pra viver perto do mar,
E nos alçar em voo
Pra outros mundos,
E fundar aqui o novo império
Da aventura e da navegação.
E desde este norte,
Criar a nova Pátria,
Edral,
Do topo de ti
Vejo
Um enorme
Portugal!
Erraram -me o nome,
Mas o destino haveria de
Se cumprir:
Tornei- me, novamente,
Português.
Setembro de 2014