A Pedagogia da Escola do Futuro

A Pedagogia da Escola do Futuro

Uma nova Pedagogia requer a reeducação dos adultos, que terão a seu cargo a instrução da humanidade do futuro. O que tem sido prática corrente na educação infantil deverá ser revisto, reestudado. Os sistemas de instrução e os conceitos básicos empregues não têm funcionado convenientemente. Instrui-se para tudo; menos para o que mais interessa: a convivência pacífica do indivíduo consigo mesmo e os outros seres humanos, seus irmãos.
 
          A humanidade está dividida em raças, religiões, camadas sociais, culturais, partidos políticos. Os sistemas pedagógicos são divisionistas, separatistas. Cada agrupamento arvora-se como dono absoluto da Verdade única; não compreende que ela surge da união dos seres humanos pela compreensão de sua realidade fragmentada da Grande e Universal, da qual todos formam parte.
 
         Às crianças ensina-se que devem ser as melhores em tudo o que fazem; melhores que as outras. Inocula-se, assim, desde muito pequenas, o nocivo e maligno vírus do separatismo, de uma pseudo-superioridade; a ilusão da felicidade alcançada quando se chegar a ser mais e melhor do que os outros. O melhor da classe, no esporte, na profissão, o mais admirado.
 
        Na Pedagogia da Escola do Futuro, as crianças serão instruídas no sentido de serem melhores que elas mesmas; o aperfeiçoamento pessoal terá um cunho essencialmente humanista: ser melhor, sendo mais útil para si e os seus semelhantes; para conviver.
 
       O amor ao próximo deixará de ser uma figura de retórica para representar a compreensão cabal de um fragmento da Grande Verdade e será vivenciado, experimentado e não apenas discursado e propalado.
 
       Sem o entendimento não há compreensão; sem compreensão não há realização; sem realização, os seres humanos seguirão inimigos de si mesmos; filhos deserdados de um Criador, que não chegaram a compreender.