Crônica de um Amor Eterno

Crônica de um Amor Eterno

 

Com muita emoção recebi duas cartinhas pela passagem de meu aniversário. Luiza, a netinha mais velha, nove anos, e Dante, seu irmãozinho, seis.

Dela, um texto tocante; dele, um desenho com dois edifícios que construí.

Quantos anos você faz vovô?

Faz 50 que fiz 18, respondi.

E todos caíram na gargalhada.

Lembra-me bem aquele ano de 66. Preparava-me para o vestibular, governo militar. Linha dura. O País era mais seguro, as escolas públicas muito boas, e indignação com o regime.

Queria falar de meus netinhos, os quais hoje são cinco, grandes alegrias da vida, e de Luiza, a cantora, que gosta de escrever, e nos dá exemplo de amor à família.

“Ao querido, lhe desejo tudo de bom…Como poderei lhe homenagear, se todas as possibilidades parecem simples diante do que você faz? Hoje é seu aniversário, e gostaria que se sentisse feliz. Você é uma pessoa diferente. Você é maravilha! E com este bilhete eu lhe dou o prazer de ter mais um ano de vida.”

                                                   Luiza Gattai, terça-feira, 6 de Setembro.

“Meu querido avô, eu te amo muito! Beijos e abraços.Feliz aniversário. Este papel pode parecer insignificante para algumas pessoas, mas eu sei que, para você, tudo tem um lugar, e acho que estes recados irão merecer um lugar no seu coração.

Luiza, sua querida netinha.”