A economia trata da subsistência humana. Por tal motivo tem muito a ver com as matemáticas, as emoções e a história do ser humano nesta Terra. O pensador escocês Adam Smith afirmava que a cobiça individual acabava por beneficiar a coletividade. O açougueiro, preocupado com o lucro que teria ao vender a carne, acabava por beneficiar a comunidade pelo serviço prestado. Era a tal da “mão invisível”, que ia transformando egoísmo emesquinhez em utilidades para a sociedade. Além de ter sido considerado o pai da moderna economia, Adam Smith foi o primeiro tradutor de uma verdade inquestionável: a livre iniciativa impulsiona o progresso e o crescimento econômico.
Dois séculos mais tarde, em meio à grande depressão da década de trinta, numa aparente contradição àquelas ideias do pensador escocês, Keynes diria que o papel do Estado seria muito importante na criação do emprego naquela fase angustiante que o mundo atravessava. A intervenção dos governos na economia, com todas as mazelas dela resultante, começou ali um ciclo que parece nunca se esgotar.
É lógico que os governos têm um papel importante na formulação das políticas econômicas para o desenvolvimento. Saúde, Educação, Segurança, Preservação do Meio Ambiente, Distribuição de Renda, Equilíbrio Econômico são alicerce para a formulação de qualquer política que pretenda fortalecer a Democracia através do auspício sempre crescente à livre iniciativa. Agora, quando os governos pretendem ser o açougueiro, o fabricante, o empresário, acabam metendo os pés pelas mãos numa equivocada interpretação da teoria de Keynes, que se prestou muito bem para aquela transição na Grande Depressão, mas não poderia se converter numa regra geral para a Economia do futuro.
O inspirado escocês deu o nome de “mão invisível” ao espírito empreendedor e criador, àquele que, por suas iniciativas, crie trabalho para si e os demais, seja ele um açougueiro, um professor, um escritor, um trabalhador, um ser humano, enfim, que do seu trabalho gere outros.
Estimular a iniciativa privada implica fomentar o trabalho e o progresso. Do melhoramento individual e humano, em todos os seus aspectos, depende o futuro de nossa sociedade. Melhorar, não só econômica, materialmente falando, senão intelectual e humanamente. Neste sentido, o estímulo à cultura, ao estudo, à investigação deveria ser o pilar central de qualquer planejamento político que pretenda criar uma sociedade mais justa, humana e feliz.