Depois da oportunidade de viver, a de pensar com liberdade, não se submeter a nenhuma outra mente, e a de conviver, harmonicamente, com os semelhantes. Não é fácil, nem difícil, requer instrução, concentração, aprendizado.
Mesmo privado da liberdade física, pode-se usufruir da interior, a de pensar e criar, como o fez Cervantes, e tantos outros encarcerados nas masmorras da intolerância.
Todos os homens nascem livres, mas vão perdendo a divina condição, que os diferencia das outras espécies terrestres.
O importante é lutar, cultivar pensamentos de esperança, para que os sucessores possam colhê-los.
A liberdade é o fundamento da vida; todas as criaturas trazem o anseio por ela. No caso do homem, é o fruto do conhecimento, o qual lhe permite romper o ciclo da ignorância, e usar, livremente, a inteligência, para conquistar a sua paz e felicidade.
A liberdade do homem é construída sobre o pensar; quanto mais o fizer, será livre, criará ideias para o bem próprio e coletivo.
Perguntou o instrutor aos discípulos: pensar em quê? Em Deus, em si mesmo e nos semelhantes, respondeu-lhes.
Não há nenhum outro sentido para a vida, que não seja a integração entre o humano e o divino, a qual se dá através da convivência e a evolução.
O homem nasceu para aprender, conhecer e ser livre, no pensamento e ação.
Devemos pensar sempre no que poderemos fazer por nós e os sucessores.
O tempo passa rapidamente, e, nesta vida, somo herdeiros de nós mesmos.
Já disse um sábio homem: o ser é uma sucessão de seres. Deveremos deixar para o ser que seremos uma herança melhorada. E um dia, não estaremos mais aqui. Plantemos tâmaras, para que outros as colham: obra imorredoura, eterna, continuada.