Epicuro

Epicuro

 

O meu próprio funeral

Como será?

Quem estará lá?

Sobreviverei?

Será a morte um final?

 

O medo da morte

É perda de tempo,

Estado de espírito errado.

Importa a vida aqui,

Aprender e ser feliz,

Simples e gentil,

Pequena criança aprendiz.

 

Nada de luxo ou luxúria,

Muito moderado,

Escrevendo e caminhando,

Como Lucrécio cantou.

 

Quando a morte vier,

Não estaremos lá,

E os átomos separados,

Divididos, desconectados,

Como em tempos passados,

Antes de nascidos, esquecidos,

Tal como éramos, despreocupados:

 

” Eu não era, fui; não sou mais;

não me importo”.

 

E se a morte vier com a dor,

Boas memórias podem afetá-la,

Estoicos seremos,

Felizes a transporemos.