Muitos amigos partindo,
Não há como escapar desta tristeza,
Contra a qual se deve lutar.
É chegada a hora de ir devagar,
Não dá pra correr
Desesperar
Se estranhar.
Tudo tem seu tempo.
O meu agora é de recordar
Contemplar
E realizar
O quê
Me agradar.
É chegada a hora de sonhar
Transitar
Eternizar.
Mais um dia
Menos um sonho.
Assim vagamos
Poetas anônimos
Escrevendo versos
Em guardanapos
De papel para não desanimar.
Não há como escapar desta tristeza,
Contra a qual se deve lutar.
É chegada a hora de ir devagar,
Não dá pra correr
Desesperar
Se estranhar.
Tudo tem seu tempo.
O meu agora é de recordar
Contemplar
E realizar
O quê
Me agradar.
É chegada a hora de sonhar
Transitar
Eternizar.
Mais um dia
Menos um sonho.
Assim vagamos
Poetas anônimos
Escrevendo versos
Em guardanapos
De papel para não desanimar.
O triste de viver muito
É que vamos acumulando
Solidões.
Quantos se foram,
Nos deixando sem palavras,
Mas restam os sonhos,
As recordações,
Imagens inapagáveis,
De nossos queridos amigos
E parentes.
Quem parte não sente a dor
De quem fica.
Um dia,
Partiremos também,
E nos reencontraremos,
No mesmo lugar onde estivéramos
Antes chegar neste mundo
Maravilhoso.
Não há morte neófito,
Só a beleza de viver
E sobreviver.
Escrevo
Num guardanapo de papel.
Nada de digitação
Senão a mão e a pena
Ligadas ao movimento
Da mente
Do sentimento
Da emoção.
Tudo
Muito rápido
Preciso.
Voltarei a andar com a caneta,
A Parker 51,
No bolso do paletó,
Perto do coração.
Trinta segundos
De muita alegria e recordação.
A poesia
Não terá cantado
Em vão.
Nagib Anderáos Neto
Setembro/2020