O labirinto, no qual tantas vezes o ser humano se vê enredado, equivale à falta de conhecimentos sobre as causas que o levaram às difíceis situações da vida, e de uma adequada capacitação no sentido de esclarecê-las.
Os problemas de toda índole –profissionais, familiares, econômicos, espirituais-, se, por um lado, configuram o obstáculo a ser transposto, por outro, induzem o indivíduo a refletir que não possui as condições necessárias para transpô-los; o fio condutor para o livrar do labirinto em que se encontra.
Na mitologia grega, a bela Ariadne salva o herói Teseu, preso no Labirinto, depois de ter aniquilado o terrível Minotauro, dando-lhe um fio para encontrar o caminho de volta para a luz, fora da obscuridade terrível na qual se encontrava.
As obscuridades dos pensamentos-problemas têm uma estreita relação com o palácio do rei Minos da ilha de Creta, exuberante e portentosa construção, da qual ninguém conseguia sair sem o guia conhecedor daqueles meandros.
O Minotauro – meio-homem e meio-fera – era o devorador dos perdidos nos tortuosos caminhos da maravilhosa construção.
O fio de Ariadne representa o auxílio salvador, o caminho para a luz. Infelizmente, o ser humano tem esperado a outros para resolver os seus problemas, sem atinar que o fio condutor, o caminho para a luz, pudesse estar em sua natureza inteligente, sensível e espiritual. Isto não significa que não necessite da ajuda e da orientação de quem, como guia, pudesse mostrar-lhe o caminho a percorrer, para se salvar do destino terrível dos que sucumbem ao enfrentar o homem-fera, que carregam dentro de si.
O fio de Ariadne – o conhecimento do caminho de volta da obscuridade à luz – é acessível a toda a alma humana capaz de se despojar de velhas ideias e preconceitos seculares, para se iniciar nos caminhos da evolução e do aperfeiçoamento individual.